Lucca - a nova animaçao da Disney - pandemia, e outras coisas...
"Alguns filmes parecem complicar ainda mais o inconsciente coletivo, outros parecem rebalancear, reorganizar a vida, dos nossos tempos... "
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Em janeiro, fevereiro e março de 2020, a pandemia pôs os pés e instalou-se, definitivamente, em todo o mundo...
Em 2021, um lançamento nos cinemas era aguardado e esperado.
"O filme é o primeiro longa-metragem de Enrico Casarosa, atrás do belo cenário da costa italiana.
"Luca" será o primeiro filme da Pixar a ser lançado após o sucesso "Soul"...
A estreia da nova animação está marcada para 18 de junho nos Estados Unidos.
Vale lembrar que, devido à pandemia, "Dois Irmãos" teve estreia antecipada no streaming, sendo que no Brasil chegou a fazer parte do catálogo da Amazon Prime.
E a animação da Disney "Raya e o Último Dragão" estreia no próximo dia 4 de março nos cinemas, mas também estará disponível na plataforma de streaming para quem estiver disposto a pagar um valor a mais".
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A Disney nos parece um mago, escondido atrás de uma parede, pronto para informar a realidade, escondida por trás de fatos do mundo, de maneira a utilizar contos de fadas, ´fábulas, e histórias encantadas...
Ela chega a esbarrar, em sua obra, em diversos fatores históricos... antes, pouco percebidos... antes, pouco percebidos no campo da consciência... mas que habitam em seus filmes, que sempre estão em cartazes, no nosso imaginário...
Algo como se não quisesse dizer nada, mas falando muita coisa...
Seria até estranho se ela mesma, não estivesse ali, para falar da fantasia, escondida, por logo atrás, de toda a realidade...
Mas se os tempos se tornaram em algum momento carregados... a mágica se torna também insuportável, ou habita o limite...
Os canais das TV disney são repletos de "absurdos e apelos mágicos"... você pode notar!
Algo até como uma ironia...
Mas quando esta fórmula se cansa, hora de voltar ao simples...
Assim surge "Lucca", algo que luta entre o simples, a vontade do novo, e as possibilidades de se superar os modelos velhos e antigos, afim de algo novo... ou uma aventura nova, de se sair da casquinha... ! O novo filme da Disney-Pixar "Luca" ganhou seu primeiro trailer nesta quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021.
O filme não perde um certo ar de sério, por trás do brincalhão... é tão animado que parece que uma "enorme consciência nos habita, e nos cerca por todos os lados... "...
Mas também não se perdeu do peso dos nossos tempos, ao retornar a uma vila simples da Itália, onde a magia passa a ser a transformação de meninos em seres marinhos, numa onda de "qual o sentido da vida"...
Ficar preso no nosso mundo, ou nos aproximar, e buscar outras coisas... !?
Mas quando já estamos deixando em xeque o mundo real, para lidar então com um mundo mágico, e diferente do nosso... pode ser que algo de muito sério esteja acontecendo...
Outros filmes também vão nesta onda, de se conectar há algo totalmente novo... !
O romper com o velho... !
O se conectar há uma esperança... uma exit... um novo estilo para lidar com o mundo... !
Falamos aqui, de um modo, ou reapresentação, também, de um tempo específico que vivemos... e que a Disney-Pixar parece acompanhar, ou ter se alinhado, talvez, à partir do próprio inconsciente coletivo.
Os passos da Pixar já sempre falavam disto... ! Do apocalípto por perto, e do humor e da comédia, de criaturas sem um lar, passando pela era do Gelo... para pra pensar... !
Não atoa, a temática do fins das coisas, do fim dos tempos... já estava sendo veladamente gestada nos estúdios da Pixar, ao falar do apocalipse cataclismástico de Era do Gelo, 1, Era do gelo 2, e 3..
Avatar, também da Disney, já estava igualmente e também, falando disto... sem percebermos...
E avatar fala de conexão o tempo inteiro... !
E vale dizer, o último filme de avatar também foi nos mares... !
Mas foi uma sacada apresentada de maneira ou forma delicadas, e porque não sutil... ! O modo como Luca, trata da nossa simplicidade... num momento de caos coletivo... uma simplicidade, contrastando com o caos das ´ áreas urbanas, um simples falho, um ato falho, talvez, de uma simplicidade, que não acompanhou algo simples, no mundo real, mas profundamente o contrário... !
Logo, parecendo um pouco satírico, o simples, quase ou completamente ingênuo, dos dois amigos de animação... "
A história acompanha um garoto que, durante o verão, descobre com seu novo amigo Alberto que se transforma em uma criatura marinha ao cair no mar...
O tema da regressão á criaturas fantásticas -
As criaturas fantásticas, sempre estiveram no universo Disney... mas o que isto poderia nos dizer agora... ?
A lacuna do inconsciente, e do pensamento racionais, que não suportaram a natureza de perto, e asua força... a lacuna sentida desta desconexão... nos trás a reflexão de nos alinharmos com criaturas marinhas... afim de encontrar a harmonia, e o equilíbrio novamente... !
Cair no mar possui um arquétipo enorme de "voltar", "retornar", as origens, à natureza das coisas....!
Isto é uma raíz profunda de volta ao inconsciente... uma cura interior... no ponto em que tudo, a vida, o conceito de saúde, e outros... surgem aqui, em relativo paralelo com o mar... !
Um novo tipo de liberdade, talvez bastante virginal, inocente, ou ingênua demais.... nos faz, voltar, ou retornar a este mar... !
Um retorno a busca da saúde, e da coesão, finais e arquetípicas... !
No fim das coisas todas... um lugar para se estar...
Trata-se disto tudo... !
Mas onde encontramos a tragédia em "Luca"
É engraçado imaginar que o que nos atingiu nos últimos tempos, surgiu provavelmente de uma bandeja, ou estoque, como um barril, num local com peixes, enguias e morcegos... para então nos depararmos com um menino completamente comum, que se sintoniza, e se alia as forças ecológicas do Oceano, em plena virada do século XXI... !
É tão simples, ou até mesmo, humilde errar... aprece, no final, um feitiço de Mickey, como algumas animações... onde cai algo num caldeirão... algo típico de se tratado pela animação da Disney... o erro !
Mas é justamente esta a característica mais marcante do inconsciente coletivo de Luca, a nova atração da Disney e Pixar...
A liberdade, o pacato, e o profundo caminhando lado a lado... o sair da casquinha, que pode esconder, sim, a liberdade caminhando ao lado do caos... um tipo de tarde demais infalível, expectando por trás dos muros e das paredes, do que já existe... e das tradições que precisam ser preservadas...
quem sabe, ou inevitavelmente, uma vila tão pacata, não estava infectada por tragédias nucleares ou algo do tipo, transmutando desta maneira, os seus moradores e seres... O Caos ao lado do simples, escondido a todo momento, nesta criada obra... !
Logo, entrar em contato com o mar, é quase uma ritualização de passagem, para dizer que estamos inteiros...
O mundo não desapareceu, não fomos dizimados pelo apocalipse... o imaginário da virada do século XXI era sempre repleto de caos... mas passamos vivos disto tudo...
Luca, o menino que pode virar uma criatura marinha... parece nos dizer que estamos imersos em algo muito maior, muito mais forte que a gente... isto revigora as nossas forças...
Mas esta paz, não é constante... num mundo onde a opressão se torna constante...
Os personagens, em dada cena, antes de cair no mar, estavam andando em uma bicicleta de madeira...
Ual, como precisamos do humilde, e do simples, novamente... !
Andar numa bicicleta de madeira, num cenário onde nos tornamos criaturas marinhas, um cenário de refletire sobre as conexões como mundo... é o mesmo que se perguntar, o que o humano fez de tão precioso, a ponto de nos tirar o equilibrio?
O que o ser humano está fazendo esta correto, ou certo, nestes tempo... ?
Ou ele precisa de um pouco mais de humildade... !?
Precisa voltar um pouco atrás... !
Afinal, em uma ultima instancia, tudo é um pouco "predador" na natureza... !
E dará tempo de nos readaptarmos !?
A questão do nosso domínio sobre a natureza, ou do domínio dela sobre nós... também se refaz na ideia de desigualdades constantes, encontradas no próprio seio do sistema "natural", e que precisa ser refletido, no qual vivemos...
Não estamos mais falando de como o próp´rio sistema feito pelo homem, é predatório, mas voltamos a enfatizar aqui, que a natureza sempre foi predatória, ao seu modo... isto é dizer que , havendo um ponto de equilíbrio, isto é positivo e bom, na nossa relação com o mundo e natureza... mas que de outro modo, a natureza, ela mesma é dura, e predatória... se não nos adaptarmos com precisão, neste caso...
Nos tornamos predadores do planeta, ou o planeta e seu regime natural é o nosso predador... que irá sair vitorioso no final, se não ficarmos mais sagazes, e espertos, para encará-lo como ele realmente é, e nos adaptarmos... !?
Até que ponto ficamos confusos neste jogo natural, diante da filosofia das igualdades, ou desigualdades, se o próprio sistema natural é predatório... !? Ou aparenta o ser, em alguma medida?
Esta possibilidade de redemoinho de valores, a confusão entre o correto, e o errado... são motivos implícitos da inocência, ingenuidade, para a severidade do mundo real... ! E pode ser vista numa das cenas do filme... como "se nada mais tivesse acontecido"...
O menino joga e espirra algo que toma no colega, que volta a ser um animal marinho, enquanto o pai, ou cozinheiro, corta, com bastante força, um peixe bem na sua frente... ! A vila parece ser contra a liberdade dos peixes... pois é uma vila pesqueira... mas os meninos também se tornam peixes nela... e pescar os dois, pegá-los, conviver com esta diferença, num local tradicional e arraigado, parece ser o grande desafio dos dois colegas e amigos... ! A vila, além de ser contra a liberdade dos peixes, em alguma medida, também é contra a liberdade dos meninos... que se tornam peixes- e seres marinhos... !
O nosso mundo, ainda continua repleto de agressões, conflitos, inaceitação das diversidades e diferenças... ! mas no fundo, as nossas posições precisam ser repensadas... pois aqui, como se a natureza mandasse em tudo, estamos diante de um peixe nos nossos pratos, cortamos este peixe... e também, como num toque de mágica, nos tornamos peixes... !
Isto é um pontapé e tanto para a questão do naturalismo, tanto quanto da vontade e do desequilibro da vontade... algo que nos faz exagerar, enquanto predadores do p´róprio planeta-mundo!
Ou talvez, como predadores de nós mesmos... !
A severidade do naturalismo, nunca irá mudar, e apesar de camuflada, tanto neste filme, como em outros clássicos da disney onde a natureza é amiga de todos, sempre, é um equivoco, pois a natureza, é adaptativa, e isto nunca vai mudar...
A tonalidade inconsciente do filme, parece ser um reflexo destes nossos tempos, principalmente pós pandemicos... onde parecemos tomar consciências das nossas limitações... !? NOs tornamos alheios, e nos perdemos nos redemoinhos...
Compreendendo melhor como devemos ser, e como devemos encarar a natureza, que também, ao seu modo, por doenças, possivelmente criadas por nossa vontade e exagero... também nos consomem, ao seu modo... Talvez possamos sair destes redemoinhos...
Precisamos ser astutos para pegar e apreender este Timing, da natureza, ou tempo natural, de se ter dureza, de se ter mudança... ou ficar na adaptação falha, aquele mais brando, humilde, que se conserva... não ´é somente por isto, ingenuo... a adaptação, e o brando da natureza, são duros como a certeza dos tempos, e dos moldes no qual ela se fez... que foram de longo alcance, do ponto de vista da história da humanidade...
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A interpretação, foi feita à partir de Trailers e sinopses...
Vamos conferir... pra ver se fala disto mesmo... !
Como deduçaõ de um bom psicólogo analítico, tenho quase certeza que sim... !
Que fala sobre todo este nosso tempo... !
Enquanto filme e trailer novo da Pixar... Tomara que seja bom ... !